Uso de protetor da tireóide nas radiografias da Odontologia
O protetor de tireoide foi mencionado no Simpósio de 2012, como a discussão é muito complexa e especializada ela não progrediu. Foi bom, pois não era o centro das discussões e só iria atrapalhar o raciocínio.
Lógico que tudo que aumenta a segurança é bem vinda, principalmente em uma área nobre como a tireóide.
Não podemos fazer um exagero na proteção, pois se trata de uma área que a radiografia odontológica como a panorâmica, cefalométrica lateral e Póstero anterior, o uso que uma protetor muito grande leva a um aumento da radiação secundária derivada da exposição do material protetor da tireoide, geralmente Chumbo, que aumenta a dose do paciente por exemplo na Hipófise e no Cristalino do Olho, que também são importantes e a sua dose de raios X não deve ser aumentada, além de as vezes ficar na frente de estruturas que precisamos observar na imagem.
Sem falar na impossibilidade de usar protetor de Tireóide na Radiografia Submento Vertex (indicada por Rickets) e ou Tomografia Computadorizada da área Médica ou da Odontológica (Feixe cônico), pois não permitiria uma imagem completa do paciente.
Uma consulta na literatura mostra que os trabalhos não são conclusivos e enfáticos no uso ou na recomendação do uso do protetor de Tiróide na Odontologia. Em função disto a Portaria 453, nossa Bíblia, recomenda,o uso do protetor de Tireoide e afirma indispensável o Avental de Borracha plumbífera na Odontologia.
Na Mamografia, com maiores doses, proximidade das estruturas o seu uso ao nosso ver seria indispensável, por ser um exame frequente e não ficar no campo da irradiação do paciente.
Na minha opinião se o profissional usar corretamente o equipamento, a técnica e o processamento da imagem, o sensor digital etc. torna a dose na tireóide muito pequena.
Finalizando a Internet nos informa sobre tudo, mas as vezes com certo enfoque exagerado, não cientifico. No esquema que veio da Tireoide ela parece ser de um individuo com Bócio pelo tamanho e proporção com a normalidade.
Tem muita literatura e não fazem afirmações definitivas ou concluem com unanimidade, além de usarem metodologias diferentes e não comparáveis entre elas.
Coordenador deste Simpósio:
Orivaldo Tavano
Professor Titular de Radiologia (aposentado) nas Faculdades de Bauru (USP) e UNIP de Bauru e São José do Rio Preto, SP;
Ex Coordenador e Professor dos Cursos de Especialização, Mestrado e Doutorado da FOB/USP, de especialização em Radiologia da FMU, UNINCOR, ABCD/MS, PROFIS/USP e do Mestrado em Odontologia da SL MANDIC;
Editor responsável e Fundador da Revista da ABRO (2000 a 2004), autor de inúmeros trabalhos científicos, de livros e manuais didáticos em Radiologia Odontológica;
Responsável pela Triagem, SUS, Clinica de Radiologia e Semiologia, Comissão de Extensão de Serviços á Comunidade, FUVEST, Departamento de Estomatologia e da Informática na Faculdade de Odontologia de Bauru da USP.